terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O pior da vida

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"O que a vida apresenta de pior não é a violenta catástrofe, mas a monotonia dos momentos semelhantes; numa ou se morre ou se vence, na outra verás que o maior número nem venceu nem morreu: flutua sem norte e sem esperança.
Não te deixes derrubar pela insignificância dos pequenos movimentos e serás homem para os grandes; se jamais te faltar a coragem para afrontar os dias em que nada se passa, poderás sem receio esperar os tempos em que o mundo se vira."
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Agostinho da Silva,
in Textos e Ensaios Filosóficos

2 comentários:

  1. Pois como todos somos iguais e todos diferentes, para mim flutuar sem esperança, é pior... é morrer aos poucos, são os dias a passar uns iguais aos outros... é durante o dia ser igual a todas as outras meninas e a noite ler duas páginas de livros e adormecer... é viver no silêncio do fundo do mar, e esperar que um tsunami abane a nossa forma de ser, é como o coração fugir do nosso corpo e andar perdido. Há que encontrar maneiras de ultrapassar o que nos inunda de tristeza e procurar momentos de felicidade, só assim conseguimos encontrar coragem para continuarmos a viver...

    E para mim o amor é a fonte de vida, por isso é essencial amar, amar a nós próprios, amar o próximo, amar a vida... Tão importante que muitas vezes basta saber que quem amamos está feliz, mesmo não estando ao nosso lado... por isso o amor é um sentimento tão humilde...

    Palavras de uma rapariga tonta sentimentalista... acho que é da idade!!!

    Beijos para ti Melzita!!
    Adoro-te

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  2. Agostinho da Silva teve o dom que todos gostariam de ter, pensar claro e simples, o que fez DELE um GENIO. Simplificou de tal forma que ficou para a imortalidade, enquanto, pensador, pedagogo e filosofo. Foi seguramente um homem corojoso, de principios, questionou a existencia e a coexistencia. Admiro profundamente este HOMEM, considero-o mesmo um dos portugueses do seculo XX.
    Mas o que acontece normalmente a quem tem a coragem de questionar os seus dias e a sua existência, acaba sozinho, porque a felicidade rende-se a momentos, enquanto que uma coexistencia, digo "vida familiar", implica muito amor, muita dadiva, algo que não pode ser posto, muitas das vezes em causa, de uma forma tão meramente simplista e individual, como, "só quero ser feliz", quantas vezes amar é sinonimo de sofrer, sim porque AMOR NÃO É AQUILO QUE QUEREMOS SENTIR, MAS SIM AQUILO QUE SENTIMOS SEM QUERER..... e realmente amar esta para além de pequenas questões e pequenos porques, é dar de coração aberto, é tolerar, é perdoar, é saber escutar, é ser humilde, é dar oportunidades, é ter tempo para pensar na coexistencia e não somente na existencia, porque esse e sempre o caminho mais facil "EU" o dificil é "NÓS". Porque será que nos tempos modernos, filosofamos tanto sobre o induvidual e esquecemos quase sempre a coexistencia harmoniosa que deveriamos tentar viver? Ou será que somos meros individuos, que só buscamos na sociedade o que nos interessa e não nos queremos preocupar com o restante porque doi e implica dadiva.É preciso coragem para todos os dia, tentarmos evitar o que de pior a vida nos reserva, a fadiga, o desanimo, a tristeza, a monotonia dos nossos dias, tentemos se possivel começar por algo tão simples "parar, escutar e ajudarmo-nos, porque a vida tem todo o sentido em sociedade, em familia e não somente uns para cada lado porque ninguem tem tempo para o mais simples, amar a sua familia, os seus amigos e dar-lhes a atenção como flores frageis de um jardim.
    Desejo a todos sem excepçao, o melhor da vida e já agora este quadro, "que resplandescentes estavam os amores-perfeitos ao rair do dia, ainda com algumas goticulas do orvalho da noite a cintilarem ao sol.....

    Bem hajam e sonhem que, questionar o pior só pode ajudar a viver o melhor da vida e não permitam que nos transforme em homens das cavernas, nunca estivemos tão perto dos primordios da existencia humana.

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