quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A magia da neve

O seu humano perante a imensidão de um oceano, deserto ou cordilheira constata a sua pequenez... há coisas tão fortes que acabam por nos transcender! Podemos tentar adjectivar, mas parecem-me vãs todas essas tentativas!



Coisas inexplicáveis, ali, acontecem...

E se de repente, em vez de estar apenas staring at it colocarmos uns skis nos pés e partirmos em desafio das leis da gravidade?

Cura qualquer fase de insónias... há um silêncio estranho em cada bar de ar; há um chamamento guerrilheiro em cada centimetro de neve... ou a tua mente se concentra, apaga todo o lixo que habitualmente a fulmina e, cada músculo do teu corpo é por ti controlado, ou, cais, e nem sempre com ligeireza... é indiscritivel a paz que o medo naquele ambiente dá! Fortalece!

- Se eu me mantiver calma não é esta ribanceira que me derruba! - Depois é só relembrar isso quando se está perante um contratempo do dia-a-dia!

À noite o corpo está todo dorido mas até isso sabe bem :) por vezes até do nosso corpo nos esquecemos e é bom recordar este nosso veículo de contacto com o mundo das sensações!



Quem diria que esquiar traria tanta coisa boa para a nossa vida?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ele faz-me chorar

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"Numa noite um rapaz encontra uma rapariga sentada num banco de jardim. Chorava com um telemóvel nas mãos. A partir daí o objectivo daquele rapaz era fazê-la rir a qualquer custo. Tropeçou, foi contra postes, recitou sketches dos Monty Pythons, até que por fim conseguiu arrancar-lhe um sorriso.
"Fazes-me rir."
Se num dia riu, noutro despiu. E foi então que uma vez, esse rapaz, acordou em sua cama e a rapariga lá não estava. Em cima da mesma cabeceira estava um papel que dizia: Tu fizeste-me rir, mas ele faz-me chorar."


Nuno Markl in A Bela e o Paparazzo
Guião de Tiago Santos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O pior da vida

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"O que a vida apresenta de pior não é a violenta catástrofe, mas a monotonia dos momentos semelhantes; numa ou se morre ou se vence, na outra verás que o maior número nem venceu nem morreu: flutua sem norte e sem esperança.
Não te deixes derrubar pela insignificância dos pequenos movimentos e serás homem para os grandes; se jamais te faltar a coragem para afrontar os dias em que nada se passa, poderás sem receio esperar os tempos em que o mundo se vira."
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Agostinho da Silva,
in Textos e Ensaios Filosóficos